Sinalização de Trânsito

Como surgiu o mobiliário urbano confira neste artigo!

Mobiliário Urbano consistem em um conjunto de elementos que podem ocupar o espaço público, implantados, direta ou indiretamente, pela administração pública municipal de cada município.

Mobiliário Urbano é composto, por lixeiras metálicas, abrigo de passageiros, estruturas metálicas, barreiras plásticas, guarda corpo de proteção, entre outros elementos.

Tais equipamentos contribuem para o conforto e lazer da população, e atuam como suporte a serviços da comunidade.

Acompanhe conosco a história desses equipamentos de sinalização, e conheça alguns exemplos que tenho certeza que você já utilizou em algum momento de sua vida.

Mobiliário urbano

Antes de falar sobre o surgimento do mobiliário urbano, queremos destacar o conceito e termos, na visão técnica que iremos abordar neste artigo.

A legislação brasileira, por meio da Lei 10.098/2000, define o termo mobiliário urbano como “conjunto de objetos presentes nas vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização, ou da edificação”.

Já a norma A NBR 9283 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) considera o mobiliário urbano “todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados mediante autorização do poder público em espaço público e privados” (ABNT, 1986, p.1).

No dicionário de urbanismo a definição fica da seguinte forma: Conjunto de elementos materiais localizados em logradouros públicos ou em locais visíveis desses logradouros e que complementam as funções urbanas de habitar, trabalhar, recrear e circular, cabinas telefônicas, anúncios, idealizações horizontal, vertical e aérea; postes, torres, hidrantes, abrigos e pontos de parada de ônibus, bebedouros, sanitários públicos, monumentos, chafarizes, fontes luminosas, etc. (FERRARI, 2004, p.240)

Outros termos utilizados, por exemplo, para Creus (1996) a expressão “mobiliário urbano” não é a mais correta, pois vem da tradução de outras línguas, nas quais se associa a ideia de decoração. Para este autor, decorar as cidades não corresponde à única função desses objetos, sendo tal função bem mais complexa. Ele sugere o uso do termo “elementos urbanos”, e os define como objetos utilitários que se integram à paisagem urbana. Mas, como forma de padronizar os termos utilizados nas discussões sobre esse tema no Brasil, oficialmente, é utilizado o termo “mobiliário urbano”.

Assim, neste artigo é adotado o termo “mobiliário urbano”, segundo as Normas ABNT (1986). Vamos ver quais são eles e como surgiram 👇

Como surgiu o mobiliário urbano?

De fato, o mobiliário urbano surgiu através do desenvolvimento das cidades, como agrupamento para comercialização, proteção, ocupação de território, entre outras necessidades coletivas.

As cidades surgiram e se desenvolveram em função de intenções, como agrupamento para comercialização, proteção, ocupação de território, entre outras necessidades coletivas. Da mesma forma, o surgimento daquilo que se denomina de mobiliário urbano e os seus papéis para as cidades e seus habitantes, que por meio das transformações urbanas, o mobiliário se constitui um elemento integrante e importante para o funcionamento do espaço público nas cidades.

O autor Carlos (2005, p.57) afirma que “no momento em que o homem deixa de ser nômade, fixando-se no solo como agricultor é dado o primeiro passo para a formação das cidades […]”.  As primeiras cidades vão surgir exatamente nos locais onde a agricultura já apresentava certo estágio de desenvolvimento, ou seja, na Ásia, e só muito tempo depois na Europa. Na Europa as primeiras cidades destacadas foram as gregas, as mais conhecidas são Atenas e Esparta.

O autor complementa explicando que até as primeiras décadas do século XX, “o mobiliário até então produzido, possuía um caráter decorativo, detentor de um apelo estético elevado”, já que se tratava de um objeto que deveria simbolizar a modernidade daquele período decorando a cidade, embelezando-a e servindo aos propósitos elitistas da classe dominante de então. Nas décadas que se seguiram, o mobiliário urbano passou a ser muito mais que um elemento de decoração e começou a ser visto como uma opção de espaço integrador e funcional.

Fonte: BASSO, Liliane; Mestranda; Programa de Pós-Graduação em Design -Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Classificações do mobiliário urbano

Conforme a norma ABNT (1986) são classificados de acordo com a função para a qual foram projetados:

AutorCritérios utilizadosClassificação do mobiliário urbano
ABNT (1986)FunçãoCirculação e transporte, cultura e religião, esporte e lazer, infra-estrutura, segurança pública e proteção, abrigo, comércio, informação e comunicação visual, ornamentação da paisagem e ambientação urbana.

O mobiliário urbano abordado neste texto, considerando os seus aspectos estéticos e de uso, assim como a norma oficial brasileira (ABNT, 1986), corresponde às seguintes categorias: circulação e transporte (abrigos de ônibus, acessos ao metrô, semáforos e objetos de sinalização), infra-estrutura (cabines e telefones públicos, luminárias, postes de luz e lixeiras) e ornamentação da paisagem e ambientação urbana (bancos e assentos), conforme tabela acima.

Tipos de mobiliário urbano

São exemplos de mobiliário urbano, de acordo a norma ABNT:

Abrigos de ônibus, acessos ao metrô, esculturas, painéis, play-grounds, cabines telefônicas, postes e fiação de luz, lixeiras, quiosques, relógios e bancos, entre outros. Logo, pode-se inferir, principalmente a partir da definição da ABNT, a ideia de “mobiliário urbano” como elementos de diferentes escalas incluídos nos espaços abertos urbanos, sendo complementares ao conjunto de edificações que constituem a cidade.

Os diferentes tipos de mobiliário urbano interferem na imagem que as pessoas têm de suas cidades, contribuindo para tornar o ambiente agradável ou desagradável.

Sendo assim, é necessário haver um desenho inicial de projetos para implementação dos mobiliários urbanos. Tais projetos devem ser embasados em características físico-espaciais que correspondam as necessidades das pessoas.

5 exemplos de mobiliário urbano contemporâneos

Abrigos de ônibus criativos

Um ponto de ônibus diferente na Vancouver, no Canadá. A empresa 3M criou uma propaganda bem ousada para provar a segurança dos seus vidros blindados. A empresa colocou pilhas de dinheiro totalizando US$ 3 milhões dentro de um vidro em um ponto de ônibus. Quem conseguisse quebrar o vidro levaria essa bolada para casa. Com o seguinte slogan: “Se conseguir rompê-lo, o dinheiro é seu”. Claro que durante a campanha haviam seguranças para garantir a segurança de todos e que as regras não fossem quebradas.

O que você faria se encontra-se esse ponto de ônibus em seu caminho para casa?

Postes de luz ornamentais

Não é apenas um mobiliário urbano ou um postes de luz, são equipamentos que proporcionam segurança pública e elegância para as cidades. Sabemos que os custo com a iluminação pública são altos. Visto isso, as prefeituras do Brasil viram nas Lâmpadas de led, uma saída para gerar economia de gastos e garantir uma qualidade nos serviços de iluminação pública. Tais lâmpadas são abastecidas pela energia solar e eólica.

No México, a empresa Lightning Science instalou lâmpadas de LED em uma via na Cidade do México e o resultado foi incrível: cerca de 40% a 50% da energia elétrica consumida foi economizada. Fonte: Hometeka

Imagens: https://www.npiluminacao.com.br/fabricante-de-postes-ornamentais

Lixeiras inteligentes

Para facilitar a vida de todos, a empresa dos EUA chamada Big Belly Solar, criou a lixeira inteligente Bigbelly. Essas lixeiras compactam o lixo automaticamente, além de enviar um SMS para a central “avisando” quando está cheia, pois está ligada a um sistema inteligente de coleta.

Seu funcionamento é por energia solar, precisando apenas de 8 horas de sol, para trabalhar por um mês inteiro. Mais uma ideia fantástica de mobiliário urbano “modernizado”.

Com este projeto, na Filadélfia – Pensilvânia (EUA), por exemplo, são economizados mais de U$ 900 mil todos os anos desde 2011. Hoje em São Paulo existem 5 dessas lixeiras na capital.

Bancos para sentar

Uma pausa para o lanche, descansar da caminhada para a casa, ou apenas ler um bom livro. Os bancos para sentar são essenciais quando falamos em mobiliário urbano.

Na cidade de São Paulo, na avenida bem conhecida Avenida Paulista, um dos integrantes do Movimento Boa Praça, criou um projeto para fixar na estrutura dos bancos um assento e encosto de madeira, o que era simples e nada convidativo ficou incrivelmente moderno e confortável. Desde então, mais de 60 bancos foram espalhados pela cidade.

Veja o antes e depois. Fonte: movimentoboapraca.com.br

Guarda Corpo

Tem por objetivo disciplinar a travessia de pedestres em locais que oferecem riscos à sua segurança. São instalados com a finalidade tanto de bloquear, quanto de canalizar deslocamentos, em locais como corredores de ônibus, esquinas com elevado número de pedestres ou com elevado índice de ocorrência de acidentes com invasão do passeio público, além de vários pontos críticos do perímetro urbano. Leia mais sobre esse equipamento  no blog.

Por fim, estes são alguns dos mobiliários urbanos mais conhecidos e funcionais. Na sua cidade existem outros tipos, deixe aqui nos comentários abaixo.

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